Saviola e Cardozo

Ontém jogou-se mais um Sporting-Benfica.
Ontém Cardozo regressou à competição após 2 jogos de suspensão por ter levado um murro de um jogador do Braga. Felizmente, o Benfica aceitou a minha proposta e desde então, Cardozo tem aulas de boxe onde aprende exclusivamente a esquivar-se aos socos do adversário. Mesmo assim ontém ainda levou uma cotovelada bem assente na cara. É para aprender a não se baldar aos treinos.
Mas voltando à dupla atacante do Benfica, notou-se obviamente a vantagem que Saviola tira de ter um jogador que obriga os centrais adversários a estarem mais perto. Assim, o espaço entre os defesas e médios defensivos e sobretudo a linha entre os laterais e centrais fica disponível para ele desenvolver o seu futebol, que muito e bom.
Se alguém tinha dúvidas da razão do seu sub-rendimento nos últimos jogos, eu não tinha.
E Cardozo benefícia claramente de jogar ao lado de Saviola.
Pequena aparte, Ramires é um jogador fenomenal. Veloz, resistente, técnica e tacticamente muito bom, joga bem de cabeça e com uma atitude competitiva acima da média.
Para se entrosar com os seus companheiros de meio-campo, ataque e lateral, é só aprender espanhol e quem sabe mudar o nome para Ramirez.

CM e os animais são nossos amigos

Fui ao café e como não podia deixar de ser o único jornal disponível era o Correio da Manhã (CM).
Fui lendo o resumo de todos os assaltos, tiros, facadas, escutas telefónicas e descobri também que há um quadro com o resumo da semana em matéria de crime.
Ahh que saudades de ler isto.
Às páginas tantas, dou por mim a lêr uma caixa que é qq coisa como "Os nossos amigos animais" (fui agora tentar descobrir o nome no site deles mas não encontrei, mas fiquei saber que têm um iten só sobre a Maddie). Nessa caixa, os leitores podem colocar ofertas de animais abandonados ou colocar descrições de animais perdidos.
Hoje vinha uma hilariante. Era qualquer coisa deste género:
"Balu perdeu-se na área de Rio Tinto. Deve estar com frio e à chuva nas ruas. Não há um dia que não me lembre de ti."
Bem, cenários possíveis:
- O Balu é uma pessoa que lê o CM, fugiu de casa e alguém está tentar convencê-lo a voltar.
- O Balu é um cão inteligente que também lê o CM, possivelmente enquanto se alívia em cima dele.
- Ou então as pessoas devem perguntar a todos os rafeiros que virem nas ruas de Rio Tinto, se estão com frio e à chuva. Se ele responder que sim é agarrá-lo e ligar.
- Sim, porque a pessoa deixou o nº de telémovel para contacto.

Dia sem compras.

Confesso que não sabia mas disseram-me que hoje é o dia sem compras.
Estava eu embuído deste espírito anti-natalício, quando a família decidiu vir vêr a bola.
Vou direito ao supermercado e dou de caras com os voluntários do Banco Alimentar.
Pergunto eu, será que hoje era o dia indicado para uma campanha de solidariedade baseado na oferta da alimentos, isto é, compras?
A sorte, é que o Tuga não quer saber de nada desses dias mundiais de xpto.

Irmãos de sangue? Letra? Ou bebedeira?

Hoje no Record vem uma notícia a dizer que o irmão de Keirrinson (sempre que tenho de escrever o nome do rapaz tenho de ir ler 4 vezes para não me enganar) pede paciência aos adeptos benfiquistas.
"KIMARRISON garante que o brasileiro vai provar o seu valor"
Ele garante isso, mas eu não garanto que o pai deles não apanhava uma bebedeira cada vez que um filho nascia e o ia registar.
Curiosamente ambos têm nome de refrigerante... ou água gaseificada.
O pai está na net. Vejam no youtube - É cachaça carai.

Jornaleiros - Que raça!

Jornaleiros, essa espécie que ao contrário da maioria das do planeta Terra, não se encontra em extinção, mas em propagação. Não há ninguém por aí com um jornaleirícida?
Hoje li no record, jornal onde habitam (infelizmente diga-se!) alguns dos muitos jornaleiros que escrevem sobre desporto (leia-se sobre Futebol) em Portugal, a seguinte afirmação:
"Ao minuto 76, o árbitro auxiliar foi atingido com um objecto que era para Simão"
Como é possível fazer esta afirmação?!
Como é que ele sabe a intenção do arremessante?
Foi por telepatia? E se foi, foi por telepatia televisiva ou ele estava no estádio quando tudo ocorreu?
Será que ele, zeloso, foi à procura do objecto no final da partida e viu que tinha escrito "Pro Ṩḯṁḁṏ"?
Ou será que eu não vi bem e o auxiliar ao ver o objecto em direcção ao Simão saltou, em estilo hollywoodesco, para a frente do jogador de forma a que o objecto não lhe acertasse?
Quando não se sabe o que escrever, escreve-se isto.
Isto é lixo informativo. Valha-nos a reciclagem para não ficarmos com remorsos do papel desperdiçado desta maneira.

Mentalidades ou cultura desportiva

Na jornada da Liga dos Campeões desta semana o jogo entre o Manchester United e o CSKA de Moscovo foi arbitrado pelo árbitro português Olegário Benquerença. Confesso que não consigo escrever este nome sem me rir... e ver uma arbitragem dele sem me rir também... no fundo é um comediante desde dia em que o pai foi registá-lo. Imagino-o na escola, Oh Olegário! Deixa de te esfregar no calendário!
Bem mas voltemos ao importante, na conferência de imprensa após o jogo, Alex Fergunson estava incrédulo por não ter sido assinalada uma grande penalidade cometida sobre o seu jogador Fletcher quando estava isolado frente ao guarda-redes.
Não vou discutir se era ou não falta, porque não vi o jogo, porque já estou tão habituado a erros deste árbitro que nem vale a pena confirmar e nem é o propósito desta crónica.
Na sequência do lance o jogador foi admoestado com um cartão amarelo por suposta simulação. O que me chamou a atenção foi o argumento do treinador escocês.
Dizia ele "como é possível que não tenha marcado penalty. E o cartão por simulação?! Algum jogador numa posição tão vantajosa vai simular algo em vez de tentar marcar golo?!"
Compreendo-o perfeitamente. Para um treinador habituado a um futebol onde a simulação é vista como um desrespeito pelo jogo e pelo público. Num país onde frequentemente vemos o público apupar jogadores adversários e até da sua equipa por terem simulado uma falta, é de facto incompreensível que alguém prefira uma falta a uma tentativa de marcar golo.
Daqui se depreende que Alex Fergunson nunca viu um jogo da Liga portuguesa. Deixa certamente essa tarefa entediante a um membro do seu staff, previamente medicado com anti-depressivos.
O único argumento em favor do Olegário (lá estou eu a rir outra vez) é que está tão habituado a que os jogadores em Portugal o tentem enganar sistematicamente e agiu por reflexo condicionado.
Habitualmente tendem a justificar esta conduta, atribuindo-a a uma questão de mentalidade. Na minha opinião é muito mais que isso, é Cultura Desportiva.